Relato por Stéfany Pereira da Silva
O encontro A memória e a história: Diálogos possíveis, com a Professora Moema Martins Rebouças, ocorreu na Galeria de Arte Espaço Universitário (GAEU), na UFES, em 12 de maio de 2022. O evento foi promovido pelo programa público Gaeu+pesquisa, com o intuito de divulgar trabalhos realizados a partir da galeria e do acervo de Artes Visuais da UFES, assim como estimular o início de novos processos investigativos.
Moema Martins reflete em sua fala sobre a prática e os desdobramentos da pesquisa O lugar do discurso na Arte e na Docência: entrelaçamentos e articulações tecidos em contextos educativos, ressaltando a importância do desenvolvimento desse estudo e sua apresentação ao público, para que suas reflexões ultrapassem os limites do acervo, e assim possa não apenas projetar outras produções investigativas, como demonstrar sua ação num processo contínuo. Inicialmente, Moema Martins contextualiza o estudo, salientando que seu desenvolvimento se orientou por outras duas produções anteriores - As interdiscursividades das obras de um acervo como propositoras de práticas educativas ( CNPq e FAPES 2013 a 2016); O lugar do discurso na Arte e na Docência: entrelaçamentos e articulações tecidas em contextos educativos ( CNPq e FAPES 2016 a 2020) - as quais, direcionaram a trabalhar o acervo da universidade. Ambas as pesquisas investigaram acervos e/ou arquivos da UFES, com o intuito de dar visibilidade ao que a universidade disponibiliza quanto à coleção, para que os alunos pudessem ter ciência e fazer uso do acervo da universidade.
O estudo apresentado por Moema, transitou pela ocupação de registros já pautados como “arquivos do esquecimento” (arquivos sem uma organização ou registro/gravação), assim como, por práticas recorrentes, como a produção do material "NarrArte'', compostos por relatos de entrevistas de professores/artistas. Na continuidade de sua fala, também foi possível identificar a valorização do aspecto processual do desenvolvimento da pesquisa, orientando-se por uma postura socioafetiva e dialógica, em que o material era acessado para ser transformado, e não para se aferir dados.
A professora defende uma perspectiva de perceber o sujeito da pesquisa. Nessa dimensão, o processo se torna um lugar de troca, em que se assume o discurso e a interação entre um e o outro, podendo-se apropriar de narrativas, da vida, da arte, assim como de seus encontros, vestígios das memórias e divergências identificadas no trajeto investigativo.
Conheça mais sobre a pesquisa da Profa. Moema no site do Grupo de Pesquisa de Processos Educativos da Arte-GEPEL.
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