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MULTIMEIOS: Mostra Virtual 2025

Atualizado: 1 de set.

Caracterizada por seu potencial criativo e experimental, a arte multimídia se destaca pela integração de meios e linguagens. A fusão de diferentes recursos criativos permite que sejam realizadas obras dinâmicas, imersivas e interativas, frequentemente no âmbito da arte digital, que reverbera o contexto atual de ubiquidade da tecnologia, amplamente adotada como ferramenta para expressão pessoal e artística.


A disciplina de Multimeios, ministrada no curso de graduação em Artes Visuais na Universidade Federal do Espírito Santo, percorre o histórico e as possibilidades da arte multimídia. Esta exposição reúne obras elaboradas por discentes nesta disciplina no decorrer do semestre letivo 2025/1, sob orientação do Prof. Dr. Daniel Hora.

Artistas participantes Ana Lívia Monteiro Furtado Julia Pereira de Morais Marília Auxiliadora Silva Agnêr Nathan Maria Gonçalves Taina Rangel Lourenço Victor Bretas Serres

Acompanhamento crítico e curadoria Karyne Berger Miertschink

Daniel Hora

Paulo Henrique de Oliveira Silva


Produção e montagem

Karyne Berger Miertschink


TEXTO NAS ARTES VISUAIS


doce de Goiaba delicioso, 2025, Ana Lívia Monteiro Furtado 802 x 721 pixels, montagem de imagens e texto.

SINOPSE

Num fundo branco há uma imagem da fruta goiaba, encontrada em banco de dados disponível na internet, sobreposta por uma foto da gata da artista, Goiaba. Uma receita de doce de goiaba é escrita em cima da colagem de imagens. A baixa qualidade e os pixels em destaque são propositais para a proposta visual da obra.


(e.xis.tên.cia), 2025, Julia Pereira de Morais Fotos digitais impressas e sobrepostas manualmente.

SINOPSE

Este trabalho é um experimento visual que traz relação entre tempo e memória, constituindo uma série de trabalhos individuais. Inspirado na exposição “AND AND OR” de Andrew Witkin, o projeto é uma tentativa de compreensão. A proposta é provocar mais sentimentos do que respostas, utilizando fragmentos de memórias para que ganhem novos significados e interpretações por meio da sobreposição de imagens físicas, ruídos visuais e pequenos trechos de textos do dicionário, usadas como legendas ou substituindo datas de fotos tiradas com câmeras digitais.


Girassol entre palavras, 2025, Marilia Agnêr A3, colagem digital/sobreposição de camadas usado: imagens de recortes de jornal, imagem de girassol e texto.

SINOPSE

A imagem celebra o simbolismo do girassol como metáfora de felicidade, vitalidade e energia. O texto destaca sua ligação essencial com o sol, refletindo luz e calor como forças que nutrem a vida e inspiram movimento natural em direção ao que ilumina. A composição visual, com recortes de jornal e ilustrações mescladas à aquarela, sugere a fusão entre cotidiano e poética, reforçando a ideia de que a busca pela luz é um gesto espontâneo e universal.


Servir e Proteger, 2025, Nathan Gonçalves 1681x1556 pixels e 2553 x 1518 pixels, colagem digital.

SINOPSE

O trabalho pretende fazer uma provocação ao recente aumento dos casos de abuso de autoridade e violência policial, mas especificamente faz referência ao vídeo de um caso ocorrido no Espírito Santo, que mostra PMs jogando um adolescente da Segunda Ponte.


Tecido Urbano, 2025, Taina Rangel Zine. Técnica de produção artesanal com papel A4 180 g/m², jornal, post-it (cores variadas), marcadores de texto, pincel para quadro, caneta nanquim e imagens impressas.

SINOPSE

Zine com referência ao livro "Futuro Ancestral" de Ailton Krenak, com citação de trecho da página 66: "Como reconverter o tecido urbano industrial, em tecido urbano natural, trazendo a natureza para o centro e transformando as cidades por dentro?". A partir disso, são interligadas imagens de desastres ambientais (pesquisadas na internet e depois impressas), comparadas com o título na capa do zine (tecido urbano) e no interior do zine (tecido natural), evidenciando a ideia da pressão da urbanização sobre o ambiente natural.


Sem título, 2025, Victor Serres 21x29 cm, texto de Clarice Lispector sobre imagem autoral.

SINOPSE

A obra explora os efeitos das referencias literárias do artista no desenvolvimento de sua visão de mundo. Em paralelo com uma imagem autoral o texto ganha novos horizontes e os questionamentos de Clarice Lispector são potencializados. A obra deslinda temáticas escatológicas e a relação de aprisionamento que surge a partir dela.


O SOM NAS ARTES VISUAIS Obras sonoras.


Sombrio, 2025, Julia Pereira de Morais 51 segundos, sobreposições e mixagens de sons disponibilizados na internet e editados digitalmente. O áudio deverá ser apresentado com caixas de sons espalhadas em um ambiente fechado, junto de obras visuais que condizem com o tema etéreo, misterioso e religioso.

SINOPSE

Sombrio é uma composição sonora que explora a tensão entre o sagrado e o desconhecido, junto do terror e da fé. O áudio conduz o ouvinte para uma narrativa enigmática que sugere a presença de um templo religioso que nega a existência de alguém que está em profundo horror e buscando por ajuda. A figura isolada e o som do vento misterioso ajudam a compor o cenário para uma criatura espiritual ou psicológica. Uma metáfora da busca pelo acolhimento e o isolamento. A obra propõe uma experiência aberta para interpretações e diálogos sem respostas com a ajuda de imagens e da imaginação sobre o que virá a acontecer depois.


Caminho, 2025, Marilia Agnêr 2 minutos, .mp3, mixagens com a música "Sujeito de sorte" do cantor Belchior (interpretado pelo Coro Cênico de Curitiba) e misturas de vozes.

SINOPSE

A obra traz uma mistura de vozes infantis e adultas, sem a necessidade de que se entenda o que dizem. São mixados também trechos da música "Sujeito de Sorte", de Belchior, que dão sentido para o título da obra: uma mistura que mostra o caminho, que pode ser meu, seu ou só caminho. O trabalho remete à ideia de estar caminhando, contrapondo momentos em que os sons são próximos e discerníveis e outros em que ficam mais distantes e de difícil entendimento.


Poluição Sonora, 2025, Taina Rangel

2m48s, mixagem de 3 canais, em captação feita por gravador de voz do celular e uso do aplicativo Audition para edição. Para reprodução em headphones, como um objeto único.

SINOPSE

Trabalho experimental. A ideia principal, realizada através do “incômodo” da interação entre os efeitos sonoros, é trazer reflexões sobre a poluição sonora, que cresce a cada dia, com o avanço da tecnologia, globalização, aumento da população na cidade e a poluição de modo geral, resultando em problemas que prejudicam não só o meio ambiente, mas também a nossa saúde e modo de vida. A obra tem como referências trabalhos de Walter De Maria e Rolf Liebermann.


Sujeito rivotril, 2025, Victor Serres 30 segundos, mixagem de um áudio de leitura da bula do medicamento Rivotril e o áudio de alarme dos dispositivos da marca Xiaomi. Para reprodução digital com uso de fones de ouvido.

SINOPSE

O trabalho foi produzido tendo como referência "Poazia" (1977), de Paulo Bruscky. Os áudios escolhidos são sons de alarme padrão de celulares de marca Xiaomi e um áudio da leitura de um excerto da bula do medicamento Rivotril, disponível no Youtube. O objetivo da obra é mesclar o cômico e o crítico. Vários áudios disponibilizados por empresas de eletrônicos são reproduzidos nas redes sociais como memes (ex: notificação do Whatsapp, toque padrão do Nokia, etc.), a escolha específica do som da marca Xiaomi é pessoal, visto ser o alarme utilizado pelo artista. A faixa de leitura da bula do Rivotril é produzida com o auxílio de inteligência artificial. A escolha deste medicamento em específico, além de crítica (por se tratar de um medicamento indicado para problemas como ansiedade e insônia que contrastam com o conceito do alarme, que faz parte do dia da maioria dos brasileiros), também é motivada por experiências pessoais com indivíduos que fazem uso desse tipo de medicamento.


TEXTO, SOM, IMAGENS

Comatose, 2025, Ana Lívia Monteiro Furtado 3m19s.

SINOPSE



Entre palavras e girassóis, 2025, Marilia Agnêr 2m05s, .mp4, video/performance.

SINOPSE

O vídeo apresenta uma arte realizada na parede interna do Cemuni 2, prédio do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, campus Goiabeiras. A obra usa jornal como fundo, remetendo à ideia de memória e fragilidade. A pintura de girassóis representa esperança e luz. A produção é acompanhada de frases da música "Sujeito de Sorte", de Belchior, reproduzidas no vídeo com a finalidade de trazer mais força à obra, pois a letra tem uma mensagem que ecoa. O vídeo foi elaborado como registro do processo de criação, para ênfase em sua importância como parte da obra final.


PIXO2, 2025, Nathan Gonçalves 1 minuto, vídeo realizado com colagens de vídeos e fotografias no programa ClipChamp. Para reprodução em TV com headphone.

SINOPSE

A obra reúne som e imagens produzidas ao longo da disciplina de Multimeios da Faculdade Federal do Espírito Santo (UFES), organizadas em uma colagem estilo mosaico. Vídeo, imagem e som se articulam para compor uma rima visual que convida o espectador a refletir, de forma contemporânea, sobre a cidade e suas infraestruturas. As palavras que simulam a estética do grafite, situam-se como elemento de diálogo entre a arte e o espaço urbano.


Sem a saudade o amor irá embora, 2025, Taina Rangel

4m46s, video de processo artístico (pintura em tela 60 x 40 cm). Para apresentação em televisão na vertical e com uso de headphones. O vídeo pode ser apresentado de forma individual ou em conjunto com a pintura realizada.

SINOPSE

Video apresentação do processo de uma pintura com a narração do texto "A menina e o pássaro encantado", de Rubem Alves. Tem como referências "Motion Painting No.1" (1947) e "Opus 1" (1921) de Walter Ruttmann e William Kentridge. O trabalho tem o intuito de abordar questões ambientais, trazendo a escrita do graffiti como elemento textual. O desenho e pintura feitos com base na história narrada convida a pensar também sobre as relações no cotidiano, a refletir como nos influenciam e como influenciamos o outro, a fim de desenvolver um pensamento crítico sobre como vivemos e convivemos na sociedade.


 
 
 

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